terça-feira, 27 de março de 2012

Arquitetura no clima quente e úmido



Ao se projetar uma edificação é de extrema importância fazer anteriormente o estudo do local, bem como a orientação, incidência do sol, direção dos ventos, macroclima e microclima. Ter essa preocupação antes da execução do projeto acarretará em um ambiente energeticamente eficiente. 
Para uma edificação em um lugar de clima quente e úmido, as soluções são quase sempre as mesmas, havendo, é claro, variações dependendo da sua localização.  Estratégias como a ventilação natural para o resfriamento do ambiente e a integração do edifício com o clima e contexto local trarão um melhor conforto térmico e a redução no uso da refrigeração artificial.
Definindo o clima quente e úmido como temperaturas moderadamente altas e relativamente constantes, umidade constantemente elevada, céu encoberto e chuvas freqüentes, sobretudo em uma parte do ano, radiação sempre intensa, porém difusa devido  elevada nebulosidade, foram feitos ao longo dos anos estudos para haver o conforto térmico em edificações localizadas dentro desses aspectos climáticos. A umidade elevada é um dos principais fatores de desconforto térmico, por aumentar a sensação de calor no ambiente. Sendo assim estratégias básicas devem ser adotadas, como a redução da absorção da radiação solar através do sombreamento e da refletância, para favorecer a penetração dos ventos dominantes pela ventilação natural, proteção contra as chuvas e seu escoamento rápido, alem da baixa inércia térmica das vedações externas, já que o calor acumulado durante o dia não se dissipa  a noite. Outra estratégia é a proteção contra a incidência direta e difusa da radiação solar, evitando grandes fachadas na direção oeste, e mecanismos de sombreamento para proteger as aberturas, tanto externas quanto internas, usando brises – soleil, pergolados, cobogós, beirais e etc. Já o telhado deve ser de material leve e refletor, pois pode receber até dois terços da radiação solar total que incide na construção. A vegetação ao redor também deve facilitar as trocas de calor entre o ambiente e o meio, sendo a ventilação natural a estratégia bioclimatica  mais eficiente nesse tipo de clima.


Nesse projeto a proposta são paredes de tijolos com grandes aberturas para haver a ventilação cruzada.






Nesse outro exemplo, como a fachada principal fica no Nordeste, o arquiteto teve a preocupaçao de protejer o interior através da vegetaçao impedindo a radiaçao solar direta, bem como o cuidado em projetar uma varanda para evitar o desconforto trazido pelo calor. A planta livre dessa residencia trás também o benefio da maior integraçao dos ambientes internos, não criando barreiras para a iluminaçao natural e nem bloqueando a ventilação cruzada.


O uso de esquadrias trouxe o melhor aproveitamento de luz, vento e paisagem.



A escolha de cores claras externamente também reduziu o ganho termico atraves das fachadas, alem de internamente permitir melhor reflexão da luz natural, contribuindo assim para a eficiencia energetica da edificação.














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