Fazendo uma analise geral do ambiente, observando as postagens anteriores sobre "prática de mancha de sol" e "prática de protetor solar", podemos fazer mudanças para o melhor conforto térmico do mesmo.
O ambiente é de faixada noroeste, em um clima tropical úmido, e não ha barreiras na frente, como prédios, fazendo sombra. Sendo assim é um ambiente extremamente quente, como mostram os cálculos das cargas térmicas a seguir:
qfo= 37,4 W/m²
Qfo= 87,5 W
qfs= 559,35 W/m²
Qfs= 1711,6 W
Sua orientação tem pouca ou nenhuma ventilação, dependendo da época do ano, e uma boa opção seria o uso de vidros reflexivos, para pelo menos diminuir a entrada de calor nos ambientes. A disposição dos móveis também poderia ser refeita, tentando minimizar a incidência do sol sobre a cama, e principalmente, sobre o computador, como mostram as figuras.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
quarta-feira, 18 de abril de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
Túnel de Vento
Os túneis de vento foram criados para simular a ação dos ventos sobre ou ao redor de objetos sólidos, mais precisamente sobre edifícios, principalmente aqueles localizados na faixa litorânea, onde a ação dos ventos pode ser extremamente forte e as edificações precisam ser cuidadosamente projetadas para isso.No vídeo abaixo, da rede britânica BBC , o repórter Richard Hammond faz uma experiência em um dos maiores e mais caros túneis de vento existentes. Ele vai até o aeroporto de Hong Kong (Hong Kong's Ocean Airport) e explica que toda aquela estrutura teve que ser detalhadamente projetada para suportar a força dos ventos vindos do oceano. Ele explica que, em torno de 1930, engenheiros descobriram através de competições automobilísticas como criar um simulador de ventos e a partir daí estudar suas ações sobre os edifícios. Na sua experiência no túnel de vento, Richard diz que permaneceu em pé por estar preparado para receber toda aquela força, mas uma pessoa desprevenida com certeza cairia. Não é para menos, a força do vento a que ele foi submetido chegou a 80 km/h, o equivalente a um tufão de nível 1. Mas prédios situados em áreas com tufões de nível 5 (como o de Hong Kong) tem que suportar ventos de até 155 km/h.
Mancha de Sol
Como a fachada é de orientação Noroeste, o quarto so começa a ter sol ao meio dia, que foi o horário da primeira foto, depois as 13hs, 14hs, 15hs e a ultima as 16hs, do dia 24/03.
Isolantes Térmicos Ecológicos
Apesar de ter um valor mais elevado, os isolantes térmicos ecológicos possuem uma eficiência energética melhor do que os convencionais. São duráveis e isolantes, biodegradáveis, consumem pouca energia durante seu ciclo de vida, oferecem características de inércia às paredes (permitindo armazenar o calor que é posteriormente libertado lentamente), e respiram, deixando passar o vapor de água do interior para o exterior e evitando a condensação e consequente desenvolvimento de mofo e umidade.
Lã de cânhamo (Painel semi-rígido)
Coeficiente de condutividade térmica (W/m.ºC) > 0,039
Cortiça expandida (Granulo)
Coeficiente de condutividade térmica (W/m.ºC) > 0,037
Massa volúmica (kg/m3) > 80 a 120
Massa volúmica (kg/m3) > 10 a 30
Algodão de celulose (Granel)
Coeficiente de condutividade térmica (W/m.ºC) > 0,035 a 0,040
Massa volúmica (kg/m3) > 35 a 45
Como exemplo desses materiais, temos:
Fibra de madeira (Painel semi-rígido)
Coeficiente de condutividade térmica (W/m.ºC) > 0,050
Massa volúmica (kg/m3) > 45 a 55
Lã de cânhamo (Painel semi-rígido)
Massa volúmica (kg/m3) > 30
Cortiça expandida (Granulo)
Massa volúmica (kg/m3) > 80 a 120
Lã de carneiro (Painel semi-rígido)
Coeficiente de condutividade térmica (W/m.ºC) > 0,035 a 0,045Massa volúmica (kg/m3) > 10 a 30
Algodão de celulose (Granel)
Coeficiente de condutividade térmica (W/m.ºC) > 0,035 a 0,040
Massa volúmica (kg/m3) > 35 a 45
Porém só acontecerá a eficiência energética e o custo - beneficio na utilização desses materiais se forem bem empregados na obra, ou seja, se o orçamento estiver curto, é melhor isolar de forma correta os materiais convencionais do que de forma deficiente os materiais ecológicos.
terça-feira, 27 de março de 2012
Arquitetura Sustentável
A arquitetura sustentavel visa principalmente utilizar
recursos naturais já existentes no ambiente e seu melhor aproveitamento afim de
reduzir custos no projeto final, alem de estar se preocupando com a natureza e
seus recursos. Atualmente esses recursos ainda estão disponíveis em abundancia,
mas seu uso desenfreado trará grandes prejuízos às gerações futuras. Como é um
assunto que está sendo muito abordado atualmente, felizmente os estudos nessas áreas
estão avançando e novos recursos estão dia após dia sendo descobertos como uma
nova fonte sustentável. Residências já podem ser quase 100% sustentáveis, utilizando
por exemplo, pisos e bancadas de materiais de demolição, uso de placas solares
para a transformação da luz do sol em energia, captação e reaproveitamento da água
da chuva para atividades domesticas, clarabóias para iluminação natural, melhor
disposição dos ambientes para haver a ventilação cruzada, evitando assim o uso
de métodos artificiais para o resfriamento, e muito mais. A lista de meios para projetar uma arquitetura sustentável é
imensa e cresce cada vez mais.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPM6Fc2Dtiq7ojblTaBDW0E-7hq-_8EeoNRhib9muTWF_ESkw4KSYiS1APwHk_lxccgsV-MLGvc8x4mXkiRLwpjmNsF817iUF0IWALFgQKE_FZN8PNvH30JvKTVQn-dgaWCUtf34OPMdjs/s320/ecoeficiencia-casa-centro-pesquisas.jpg)
Contudo, apesar de todos os benefícios futuros, esse tipo de
arquitetura ainda continua com valores elevados se comparados aos métodos comuns,
o que leva a maioria das pessoas a escolher o beneficio presente (economia).
Mas, finalmente, a arquitetura sustentável está ganhado seu lugar no mercado, e
a conscientização dos consumidores esta trazendo mais “adeptos”, não visando somente o tempo
presente, mas também o futuro dos seus descendentes. Fazendo apenas pequenas
mudanças no nosso estilo de vida já é um começo para melhorar a má utilização dos
recursos naturais do planeta, e a arquitetura sustentável esta se firmando
nesse contexto, que em pequenos detalhes já fazem muita diferença, como a
simples reutilização de restos orgânicos como adubo para plantas, jardins
visando a permacultura e a utilização da tinta mineral em casas e edifícios.
Arquitetura no clima quente e úmido
Ao se projetar uma edificação é de extrema importância fazer anteriormente o estudo do local, bem como a orientação, incidência do sol, direção dos ventos, macroclima e microclima. Ter essa preocupação antes da execução do projeto acarretará em um ambiente energeticamente eficiente.
Para uma edificação em um lugar de clima quente e úmido, as soluções
são quase sempre as mesmas, havendo, é claro, variações dependendo da sua localização.
Estratégias como a ventilação natural
para o resfriamento do ambiente e a integração do edifício com o clima e
contexto local trarão um melhor conforto térmico e a redução no uso da refrigeração
artificial.
Definindo o clima quente e úmido como temperaturas moderadamente altas e relativamente constantes, umidade constantemente elevada, céu encoberto e chuvas freqüentes, sobretudo em uma parte do ano, radiação sempre intensa, porém difusa devido elevada nebulosidade, foram feitos ao longo dos anos estudos para haver o conforto térmico em edificações localizadas dentro desses aspectos climáticos. A umidade elevada é um dos principais fatores de desconforto térmico, por aumentar a sensação de calor no ambiente. Sendo assim estratégias básicas devem ser adotadas, como a redução da absorção da radiação solar através do sombreamento e da refletância, para favorecer a penetração dos ventos dominantes pela ventilação natural, proteção contra as chuvas e seu escoamento rápido, alem da baixa inércia térmica das vedações externas, já que o calor acumulado durante o dia não se dissipa a noite. Outra estratégia é a proteção contra a incidência direta e difusa da radiação solar, evitando grandes fachadas na direção oeste, e mecanismos de sombreamento para proteger as aberturas, tanto externas quanto internas, usando brises – soleil, pergolados, cobogós, beirais e etc. Já o telhado deve ser de material leve e refletor, pois pode receber até dois terços da radiação solar total que incide na construção. A vegetação ao redor também deve facilitar as trocas de calor entre o ambiente e o meio, sendo a ventilação natural a estratégia bioclimatica mais eficiente nesse tipo de clima.
Definindo o clima quente e úmido como temperaturas moderadamente altas e relativamente constantes, umidade constantemente elevada, céu encoberto e chuvas freqüentes, sobretudo em uma parte do ano, radiação sempre intensa, porém difusa devido elevada nebulosidade, foram feitos ao longo dos anos estudos para haver o conforto térmico em edificações localizadas dentro desses aspectos climáticos. A umidade elevada é um dos principais fatores de desconforto térmico, por aumentar a sensação de calor no ambiente. Sendo assim estratégias básicas devem ser adotadas, como a redução da absorção da radiação solar através do sombreamento e da refletância, para favorecer a penetração dos ventos dominantes pela ventilação natural, proteção contra as chuvas e seu escoamento rápido, alem da baixa inércia térmica das vedações externas, já que o calor acumulado durante o dia não se dissipa a noite. Outra estratégia é a proteção contra a incidência direta e difusa da radiação solar, evitando grandes fachadas na direção oeste, e mecanismos de sombreamento para proteger as aberturas, tanto externas quanto internas, usando brises – soleil, pergolados, cobogós, beirais e etc. Já o telhado deve ser de material leve e refletor, pois pode receber até dois terços da radiação solar total que incide na construção. A vegetação ao redor também deve facilitar as trocas de calor entre o ambiente e o meio, sendo a ventilação natural a estratégia bioclimatica mais eficiente nesse tipo de clima.
O uso de esquadrias trouxe o melhor aproveitamento de luz,
vento e paisagem.
A escolha de cores claras externamente também reduziu o ganho
termico atraves das fachadas, alem de internamente permitir melhor reflexão da
luz natural, contribuindo assim para a eficiencia energetica da edificação.
Links
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
RESUMO DO LIVRO " Manual de Conforto Térmico"
Ao se projetar um imóvel, é de grande importância
a preocupação em relação aos fatores climáticos do lugar. Como observado no
livro “Manual do Conforto Térmico”, das autoras Anésia Frota e Sueli Schiffer, o
estudo climático do local a ser construído permitirá ao arquiteto projetar uma edificação
100% aproveitável, utilizando recursos já disponíveis e diminuindo seu custo.
O primeiro fator é a radiação solar. A partir
da observação do sol sabemos a distribuição das temperaturas sobre a terra,
determinamos o clima e as variações anuais de cada lugar. Os fatores climáticos,
como circulação atmosférica, distribuição de terras e mares, relevo do solo,
revestimento do solo, latitude e altitude tem que ser observados e tidos como
de grande importância ao resultado final da obra. A
altitude em relação ao nível do mar é um dos fatores de maior importância, pois
a temperatura do ar está diretamente ligada com a altura, em proporção
constante. Outros fatores como as brisas terra-mar, a topografia, o revestimento
do solo e os ventos merecem atenção e estudos, pois a partir da ação de todos
eles juntos nos levam a identificar que em qual tipo de clima estamos construindo
a nossa obra, nos ajudando a fazer as melhores escolhas possíveis para o local.
Pois mesmo dentro de uma mesma cidade, principalmente sendo ela uma capital ou metrópole,
há grandes variações climáticas, principalmente se houver um grande centro
urbano criando as chamadas ilhas de calor.
Sendo assim, o Brasil, por ser um pais
tropical, sendo cortado pelo Tropico de Capricórnio e pela linha do Equador,
merece uma atenção maior pela variação climática, sendo possível numa mesma região
próxima, haver consideráveis variações em relação ao clima em diferentes épocas
do ano. A predominância do calor em boa
parte do país leva o arquiteto a utilizar recursos que amenizem as altas
temperaturas no interior dos ambientes, como o uso reduzido de vidros nas
fachadas, projetos modernos que facilitem a circulação do ar, como a ventilação
cruzada e o pé- direito, e a volta do brise –soleil, onde suas laminas
bloqueiam os raios de sol antes que eles incidam no concreto. Mesmo em regiões extremamente
quentes onde não é possível a utilização somente de recursos naturais para o
conforto térmico, pode-se haver a maior exploração dos mesmos, desencadeando na
redução de equipamentos de refrigeração ou aquecimento, e até mesmo na não utilização
em certas épocas do ano, como foi citado no livro.
As autoras deram maior importância a dois
tipos de climas do Brasil : o quente seco, clima típico de cidades como
Brasilia, e o quente úmido, como a
cidade de Salvador. Para cada tipo de clima, é importante o arquiteto e
urbanista saber planejar e explorar cada área, estando sempre atento para a direção
dos ventos e incidência solar, para o melhor funcionamento das cidades. Como é
explicado no livro, no clima seco há grande variação de temperatura diurna e
noturna, sendo dever do arquiteto que as “construções sejam as mais compactas
possíveis, para possibilitar que menores superfícies fiquem expostas tanto à
radiação quanto ao vento, que normalmente, em clima seco, traz também consigo
poeira em suspensão”, bem como aberturas pequenas já que não há vantagem na ventilação
e protege contra a radiação solar direta. No urbanismo os prédios devem ser
projetados para fazer a maior quantidade de sombras, podendo também a vegetação
exercer esse papel, alem de funcionar como barreira aos ventos e reter a poeira
do ar. Os espelhos d’água e chafarizes também são importantes nesse tipo de
clima pois “a umidificação que esta água ao se evaporar trará ao ar próximo
permitirá maior sensação de conforto às pessoas”.
No clima quente úmido, não há grande variação de
temperatura diurna e noturna, sendo necessário outros tipos de cuidados para o
conforto térmico das pessoas, como por exemplo a grande ventilação dos
ambientes, principalmente quando a temperatura externa está menor que a
interna. É importante que as aberturas estejam protegidas contra a radiação solar
externa, mas sem atrapalhar a circulação dos ventos. A vegetação, alem de fazer
sombras, também não pode atrapalhar na circulação dos ventos. As edificações nos
lotes urbanos devem “estar dispostas de modo a permitir que a ventilação atinja
todos os edifícios e possibilite a ventilação cruzada nos seus interiores”.
Independente de ser quente seco, ou quente úmido, o pedestre tem andar em
lugares sombreados e sem ligação direta com radiação solar, sendo amplamente
utilizado o uso da vegetação e/ou marquises e toldos para a sua proteção. “Materiais
que reflitam muito a radiação solar ou que tenham grande poder de armazenar
calor também devem ser evitados nas superfícies externas, principalmente em
climas úmidos, pois, à noite, o calor armazenado, ao ser devolvido para o ar, dirigir-se-á
tanto para o interior como para o exterior das edificações”.
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